GlossáriO

Neste separador encontramos alguns conceitos importantes referentes à temática do Projeto.


 

A

Acessibilidade
Identificação de barreiras que possam ser impeditivas da participação e do desenvolvimento das estratégias adoptadas e seu desmantelamento. Estas barreiras podem ser:
• Físicas – Estão os edifícios, colecções, eventos fisicamente acessíveis para todos?

• Intelectuais – Estão acessíveis aos váriosníveis de leitura e aos não falantes da língua anfitriã. Podem ser usados por pessoas com dificuldades de aprendizagem?

• Culturais – Será que eles representam os interesses, expectativas e experiências de vida da comunidade envolvente?

• De atitude – Será que fazem os utilizadores sentir-se bem-vindos e confortáveis, especialmente os novos. Será que os funcionários têm uma boa atitude em relação à diversidade (cultural, social, económica). Estamos a concentrar-nos nos utilizadores e nos potenciais utilizadores?

• Financeiros – Será que o preço dos ingressos é impeditivo para alguns?
 

Ambientes de Aprendizagem
Refere-se tanto ao espaço físico, como ao ambiente virtual, e ainda a um leque de outros factores, tais como a disponibilidade dos funcionários, o seu empenho na aprendizagem, etc.

Aprendizagem
A aprendizagem acontece sempre que alguém é estimulado,motivado ou inspirado, operando-se algum tipo de mudança interior. Este termo implica que todos participam nesta mudança - os utilizadores ao recorrerem aos serviços do museu, mas também os funcionários que permanentemente desenvolvem aos suas aptidões, conhecimentos e comportamentos. Na aprendizagem o ponto nevrálgico é a experiência dos utilizadores. O termo educação começa gradualmente a ser posto de parte pois revela uma atitude reducionista quanto às potencialidades de aprendizagem da experiência museal, quer para os utilizadores quer para os funcionários, voluntários e parceiros.

Avaliação
Avaliação de um projecto ou evento tendo em conta os objectivos previamente estabelecidos, os recursos consumidos e os impactos produzidos sobre a realidade, bem como de examinar se os mesmos resultados poderiam ter sido obtidos a um menor custo.
Também pode designar a apreciação do valor dos sucessos do projecto. No universo da avaliação dos resultados educativos dos museus, não se procura avaliar os utilizadores diretamente, a não ser que estes tenham delineado objectivos específicos de aprendizagem.

 

C

Colecções e recursos
Acervo de peças, livros, materiais de apoio, documentação.
 

Comunidade
Todos os utilizadores e potenciais utilizadores dos serviços do museu.

E

Estratégia Educativa

A estratégia educativa do museu define quais as metas que o museu pretende atingir e os objetivos de curto prazo que tem de alcançar para cumprir essa metas. Os objetivos devem ser específicos, quantificáveis, acordados, realistas e com limites de tempo definidos.

Exposição

O termo “exposição” signifia tanto o resultado da ação de expor, quanto o conjunto daquilo que é exposto e o lugar onde se expõe. Como o resultado da ação deexpor, a exposição apresenta-se atualmente como uma das principais funções do museu que, segundo a última defiição do ICOM, “adquire, conserva, estuda, expõe e transmite o patrimônio material e imaterial da humanidade”.

G

Gestão
A gestão museológica, ou administração de museus, é definida, atualmente, como a ação de conduzir as tarefas administrativas do museu ou, de forma mais geral, o conjunto de atividades que não estão diretamente ligadas às especifiidades do museu (preservação, pesquisa e comunicação). Nesse sentido, a gestão museológica compreende essencialmente as tarefas ligadas aos aspectos financeiros (contabilidade, controle de gestão, fianças) e jurídicos do museu, à segurança e manutenção da instituição, à organização da equipe de profisionais do museu, ao marketing, mas também aos processos estratégicos e de planejamento gerais das atividades do museu.

I

Inquérito
Técnica de recolha de opiniões, comportamentos e conhecimentos junto das pessoas ou grupos específicos. Geralmente apenas se solicita participação a uma parte da população.

M

Mediação

A mediação designa a ação de reconciliar ou colocar em acordo duas ou várias partes, isto é, no quadro museológico, o público do museu com aquilo que lhe é dado a ver.

Museal

Sendo considerada como adjetivo ou como substantivo, a palavra apresenta duas acepções: (1) O adjetivo“museal” serve para qualifiar tudo aquilo que é relativo ao museu, fazendo a distinção entre outros domínios (por exemplo: “o mundo museal” para designar o mundo dos museus); (2) Como substantivo, “o museal” designa o campo de referência no qual se desenvolvem não apenas a criação, a realização e o funcionamento da instituição “museu”, mas também a reflxão sobre seus fundamentos e questões.

Museologia

Etimologicamente, a museologia é “o estudo do museu” e não a sua prática – que remete à “museografia”.

Museu

O termo “museu” tanto pode designar a instituição quanto o estabelecimento, ou o lugar geralmente concebido para realizar a seleção, o estudo e a apresentação de testemunhos materiais e imateriais do Homem e do seu meio.

O

Oportunidades de Aprendizagem

Leque variado de actividades, programas e experiências proporcionadas pelos museus: grupos de leitura, aulas em horário pós-laboral, workshops, conferências, seminários, dias temáticos e de entrada livre, disponibilização de recursos na Internet, visitas guiadas, carros de exposição (roadshows), exposições, ateliers práticos, clubes, programas de investigação, etc.

P

Parceiros
Este termo é utilizado para significar o leque variado de agentes com quem podemos trabalhar de modo a melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo museu. Eles podem ser:
• Outros museus
• Outros departamentos dentro do museu
• Fundadores, Tutela, Agências de desenvolvimento regional
• Serviços de Juventude, Instituições de Ensino;
• Comunidade, voluntariado, grupos de interesse
• Organizações artísticas
• Fóruns de turismo
• Organizações Comerciais
• Media
• Serviços prisionais
• Grupos ambientalistas; autoridades de saúde pública
• Agentes individuais com talentos particulares: artistas, escritores, artesãos, académicos, etc.
 

Património

O patrimônio é um bem público cuja preservação deve ser assegurada pelas coletividades, quando não é feita por particulares. A inclusão das especifiidades naturais e culturais de caráter local contribui à concepção e à constituição de um patrimônio de caráter universal. “Entende-se por patrimônio cultural imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e saber-fazer – assim como os instrumentos, objetos, artefatos e espaços culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como fazendo parte de seu patrimônio cultural.

Preservação

Preservar signifia proteger uma coisa ou um conjunto de coisas de diferentes perigos, tais como a destruição, a degradação, a dissociação ou mesmo o roubo; essa proteção é assegurada especialmente pela reunião, o inventário, o acondicionamento, a segurança e a reparação.

Público

A noção de público associa estreitamente a atividade do museu a seus usuários, mesmo àqueles que deveriam se benefiiar de seus serviços, embora não o façam. Os usuários são os visitantes do museu – o público mais amplo – sobre quem somos levados a pensar em primeiro lugar, esquecendo que eles nem sempre ocuparam o papel central que o museu lhes confere hoje, porque existem vários públicos específios.

S

Sociedade

Em sua aceção mais geral, a sociedade é o grupo humano compreendido como um conjunto mais ou menos coerente no qual se estabelecem sistemas de relações e de trocas.
A sociedade à qual se dirige o museu pode ser definida como uma comunidade de indivíduos organizada (e mum espaço e em um momento definidos) em torno de instituições políticas, econômicas, jurídicas e culturais comuns, entre as quais está o museu e com as quais ele constrói a sua atividade.

U

Utilizadores
Já não se trata de visitantes ou frequentadores, mas sim daqueles que usam os serviços prestados pelo museu: crianças do ensino básico, estudantes do secundário, universitários, investigadores, artistas, ou qualquer um que se desloque ao museu com o objectivo de usufruir do que o museu tem para oferecer.

Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

www.ie.ulisboa.pt/

Contactos

Natália Rocha nataliarocha@campus.ul.pt